Rangel diz que Nuno Santos é o principal responsável pela “normalização do Chega”

O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, lançou duras críticas a Pedro Nuno Santos, líder socialista, acusando-o de ser o principal responsável pela normalização do Chega no Parlamento. Em entrevista à Edição da Noite, da SIC Notícias, Rangel afirmou que todas as semanas o Partido Socialista (PS) converge com o partido de André Ventura.

“Pedro Nuno Santos é o rosto da normalização do Chega, todos os dias no Parlamento. Todas as semanas converge com o Chega”, afirmou Rangel.

Segundo o ministro, PS e Chega estão numa “verdadeira parceria” e buscam substituir-se ao Governo, impedindo assim que o Executivo de Luís Montenegro governe. Apesar disso, Rangel reconhece que o Governo, apesar das adversidades, está a conseguir impor a sua agenda. Quando questionado sobre o desempenho do Governo nos cerca de 40 dias de mandato, o ministro perguntou retoricamente: “Mas há algum Governo na história de Portugal que ao fim de 30 dias tenha executado o seu programa?”

O responsável considerou ainda que o alargamento da União Europeia “muito positivo para Portugal”, destacando que a possível adesão da Ucrânia como Estado-membro traria um grande dinamismo económico, devido ao mercado “muito atrativo” que representa.

“Tendo em conta que a Ucrânia é dos maiores celeiros do mundo, o problema da segurança e autossuficiência alimentar estaria resolvido”, afirmou.

Quanto ao Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), Rangel alertou que Portugal executou apenas 20% do programa, apesar de já estar a meio do prazo. No entanto, o ministro assegurou que o Governo será capaz de reverter a situação e lançar os regulamentos necessários.

Alerta sobre António Costa

O nome de António Costa tem sido associado a um possível cargo europeu. Apesar de reconhecer o perfil do ex-primeiro-ministro para ocupar uma posição de destaque nas instituições europeias, Paulo Rangel deixou um alerta:

“É muito importante agirmos com prudência, cautela e discrição. É fundamental se queremos que Portugal tenha sucesso. Quem entra Papa sai Cardeal porque se expõe aos seus rivais”, concluiu Rangel.

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