Quer comprar ou arrendar casa em Lisboa ou no Porto? Não temos boas notícias

O mercado imobiliário na Península Ibérica continua a crescer, com destaque para o aumento dos preços em Lisboa e no Porto. No primeiro semestre de 2024, o preço médio de venda e arrendamento voltou a subir, tendência que se mantém devido à elevada procura e à oferta escassa.

Segundo o mais recente relatório da MVGM, o “H1 Iberia Real Estate Market Report”, em Lisboa, o preço médio de arrendamento é de 19,2 euros por metro quadrado, enquanto no Porto é de 15,3 euros. As rendas registaram um aumento anual de 5,3% em Lisboa, enquanto no Porto houve uma queda de 9,1%. A variação trimestral também foi positiva na capital, com um crescimento de 0,3%, ao contrário da cidade invicta, onde os preços recuaram 0,2%.

Ana Luísa Santos, Head of Residencial da MVGM em Portugal, afirma: “Na última década, temos vindo a presencial uma subida gradual do preço dos imóveis, tanto para arrendar como para comprar, especialmente em Lisboa. Todos os anos há aumentos e este ano, prevê-se que a situação se repita. Tendo este cenário em conta, as medidas estatais que permitam facilitar o financiamento para a compra de imóveis são cada vez mais importantes”

A recente descida das taxas de juro, observada em junho, contribuiu para facilitar o acesso ao crédito à habitação e gerou um aumento no número de transações imobiliárias. No segundo trimestre de 2024, foram vendidos 33.350 imóveis em Portugal Continental, o que representa um aumento de 4,9% face ao trimestre anterior. Deste total, 88% das vendas corresponderam a imóveis usados e os restantes 12% a imóveis novos.

No entanto, apesar das medidas favoráveis ao acesso ao crédito, os preços dos imóveis não param de subir. Em agosto, o aumento foi de 7,7% em relação ao mesmo mês de 2023. Neste cenário, especialistas apontam para a necessidade de atrair investimento para a construção e reconstrução de novos imóveis em Portugal.

Embora o índice de atratividade do modelo “Build-to-Rent” em Portugal seja negativo, devido a condições e incentivos pouco atraentes para investidores, a escassez de oferta é um fator que pode levar a uma mudança no mercado. Outro fenómeno em crescimento é a habitação flexível, uma solução temporária que tem ganhado terreno nos últimos meses.

 

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