Quem sucede a Marcelo? Conheça os quatro possíveis candidatos à Presidência que já se perfilam
Embora as eleições presidenciais de 2026 ainda estejam distantes, começam a surgir sinais claros sobre os potenciais candidatos à sucessão de Marcelo Rebelo de Sousa. Oficialmente, nenhum dos nomes já confirmou a candidatura, mas pelo menos quatro figuras destacam-se como possibilidades reais.
Gouveia e Melo: a transição do Almirante para a política
O nome mais recente a ganhar destaque, segundo avança o Correio da Manhã, é o do almirante Henrique Gouveia e Melo. Após ter recusado prolongar o seu mandato como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), Gouveia e Melo abriu a porta a uma possível candidatura a Belém. Esta decisão reforçou especulações de que o militar, que ganhou notoriedade na coordenação do plano de vacinação contra a Covid-19, pode estar a preparar-se para entrar na política presidencial.
António José Seguro pondera regresso político
Outro nome que surgiu esta semana foi o de António José Seguro, ex-secretário-geral do Partido Socialista. Seguro admitiu estar a considerar uma candidatura às presidenciais, um movimento que gerou reações mistas dentro do PS. Francisco Assis, eurodeputado e ex-dirigente socialista, já manifestou publicamente o seu apoio ao antigo líder do partido.
No entanto, um eventual avanço de António José Seguro pode criar um confronto direto com outro potencial candidato socialista: Mário Centeno, ex-ministro das Finanças e atual governador do Banco de Portugal. Centeno, que ainda não descartou a possibilidade de concorrer, foi apontado pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, como “um bom nome” para as eleições presidenciais.
A grande questão que permanece é se Seguro e Centeno estarão dispostos a evitar dividir o eleitorado socialista, o que poderá levar um deles a abdicar da corrida.
Marques Mendes mantém-se como opção do PSD
No espaço político do PSD, Luís Marques Mendes é um dos nomes mais referenciados. O ex-presidente do partido já admitiu a possibilidade de se candidatar, mas sublinha que a decisão só será tomada em 2025. Se avançar, terá o apoio dos sociais-democratas, conforme indicado pelo líder do partido, Luís Montenegro, que afirmou estar “vinculado” a um candidato do PSD.
Outras possibilidades no espectro político
Além dos quatro nomes principais, espera-se que partidos como o PCP, o Bloco de Esquerda e o Chega avancem com candidatos próprios, à semelhança do que aconteceu nas eleições de 2021. Naquela ocasião, Marisa Matias representou o Bloco de Esquerda, João Ferreira foi o candidato do PCP, e André Ventura concorreu pelo Chega.
Com o fim do segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa em 2026, o país terá completado 20 anos consecutivos com chefes de Estado oriundos do PSD. Antes de Marcelo, que assumiu a presidência em 2016, Cavaco Silva ocupou o cargo entre 2006 e 2016.