Quem é Vicky Sarfaty, uma das viúvas milionárias mais ricas do mundo?

Vicky Sarfaty tinha acabado de fazer 17 anos quando se casou com o homem que se tornaria o banqueiro mais rico do mundo, cinco décadas depois é a guardiã da vasta fortuna de Joseph Safra, construída ao longo de 180 anos durante três gerações e em quatro continentes, tornando-se uma das mulheres mais ricas do planeta.

Desde a morte de Joseph Safra, em dezembro do ano passado, a administração de alguns dos bens mais valiosos da família passou para a agora viúva de 68 anos e dos quatro filhos, de acordo com os registos bancários investigados pela Bloomberg.

Ao todo, estas cinco pessoas ligadas ao defunto milionário sírio têm um património líquido avaliado em mais de 14 mil milhões de euros, de acordo com o Billionaires Index da agência de informação americana.

Entre as “joias da coroa” da família destacam-se o J. Safra Sarasin da Suíça e o Banco Safra do Brasil, duas instituições financeiras com mais de 80 mil milhões de euros ativos. Na lista constam ainda empresas ligadas ao ramo imobiliário da família, que gerem por exemplo o arranha-céus Gherkin em Londres e o luxuoso 660 Madison Avenue em Nova Iorque.

A fortuna bancária de Safra tem raízes em Aleppo, na Síria, onde a família fundou o Safra Freres & Cie na década de 1840, para financiar caravanas de camelos destinadas ao comércio durante o Império Otomano. Esta foi também a cidade natal de Jacob Safra, que mais tarde se mudou com a família para o Brasil em 1953, onde fundou uma empresa de metais, máquinas e gado, tendo posteriormente criado o seu primeiro banco.

A herança de Safra é uma das maiores e mais concentradas da História Contemporânea. A seu lado os parentes de Petr Kellner e Heinz Hermann Thiele estão prestes a herdar fortunas avaliadas em mais de 23 mil milhões de euros depois de os dois empresários europeus terem morrido este ano.

Já na  Coreia do Sul, Hong Ra-hee, esposa do falecido presidente do Grupo Samsung, Lee Kun-hee, tem um património avaliado em mais de 5 mil milhões de euros, assim como a viúva de Sheldon Adelson, Miriam Adelson, gestora de uma riqueza avaliada em mais de 30 mil milhões de euros, depois de o “barão dos casinos”, como era conhecido, ter morrido em janeiro aos 87 anos.

Estas situações são apenas o começo. Nas próximas duas décadas, espera-se que vários milionários transfiram em regime post mortem mais de 2 mil milhões de euros para os seus familiares, segundo os dados de uma pesquisa feita pelas consultoras UBS Group AG e PwC.

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