Queda da FTX põe em causa o maior fundo de cripto do mundo

O conglomerado dono do maior fundo de bitcoins do mundo, o Digital Currency Group (DCG), está neste momento a atrair dúvidas sobre a sua situação financeira após a falência da FTX, a famosa corretora com sede nas Bahamas.

Entre as empresas que fazem parte deste grupo estão a Grayscale Investment, gestora do veículo de investimento Grayscale Bitcoin Trust, que detém 635.235,84 bitcoins, segundo contas do jornal espanhol ‘elEconomista’. Este fundo é o maior no ramo e detém 3,3% da oferta global desta moeda. Ainda assim, depois da falência da FTX e suspeitas associadas, os investidores estão a perder a confiança e pouco a pouco a tragédia parece aproximar-se.

Por trás deste grupo está o oitavo maior criptomilionário segundo a lista da Forbes, Barry Silvert, com um império formado pela Grayscale Investments, Genesis, CoinDesk, Foundry e Luno, agora mais fragilizado depois da falência da FTX.

Além da crise de confiança que estas empresas enfrentam, a plataforma de operações com criptomoedas Genesis teve de bloquear os levantamentos de dinheiro pelos seus clientes, uma vez que estas tentativas superaram a liquidez disponível.

Para este conglomerado, pode não ser fácil conseguir financiamento tendo em conta que é credora da já falida Three Arrows Capital (3AC). Adicionalmente, realizou ainda empréstimos ao seu próprio conglomerado, DCG, o que relembra os riscos corridos de forma semelhante pela FTX e Alameda Research, de Samuel Bankman-Fried, e que causaram o seu colapso.

Esta sequência de posicionamentos duvidosos entre empresas com uma solidez financeira sob questão está neste momento a pesar sobre Silvert e o seu criptoimpério, que inclui o maior fundo de cripto do mundo, apesar do milionário já ter garantir que as empresas são geridas de forma independente e que estão a operar com normalidade.

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