Quase 8 metros, 200 kg e uma cabeça do tamanho de um ser humano: maior cobra do mundo é encontrada na floresta amazónica

Foi descoberta, na floresta amazónica, a maior cobra do mundo – com 7,92 metros de comprimento e quase 200 quilogramas (mais concretamente, 199,5 kg), uma anaconda verde foi encontrada pelo apresentador televisivo de programas de vida selvagem, o professor Freek Vonk – a cobra é tão grossa quanto um pneu de um carro e tem uma cabeça do tamanho de um ser humano.

Até ao momento, apenas uma espécie de anaconda verde – também chamada de anaconda gigante – foi reconhecida na Amazónia: a nova espécie foi apresentada num estudo na revista científica ‘Diversity’, sublinhou esta terça-feira o tabloide britânico ‘Daily Mail’.

“Juntamente com 14 outros cientistas de nove países, descobrimos a maior espécie de cobra do mundo, a anaconda verde”, relatou Vonk. “Como todos sabemos por filmes e histórias sobre cobras gigantes, na verdade são duas espécies diferentes. As sucuris verdes, encontradas a norte da sua área de distribuição na América do Sul – incluindo Venezuela, Suriname e Guiana Francesa -, parecem pertencer a uma espécie totalmente diferente.”

“Embora pareçam quase idênticas à primeira vista, a diferença genética entre as duas é de 5,5%, e isso é enorme. Para colocar em perspetiva, humanos e chimpanzés são geneticamente diferentes entre si em apenas 2%”, referiu o especialista.

Os investigadores deram à nova espécie o nome latino ‘Eunectes akayima’, que significa anaconda verde do Norte. Apesar de recém-descoberta, a nova espécie já está ameaçada. “A região amazónica está sob forte pressão devido às mudanças climáticas e ao desmatamento contínuo. Mais de um quinto da Amazónia já desapareceu, o que representa mais de 30 vezes a área dos Países Baixos. A sobrevivência destas icónicas cobras gigantes está intimamente ligada à proteção do seu habitat natural”, apontou.

O professor Jesus Rivas, principal autor do estudo, explicou que percebeu pela primeira vez que havia mais de uma espécie de sucuri verde há mais de 15 anos. Com a sua mulher, Sarah Corey-Rivas, começaram a analisar amostras à procura de diferenças genéticas. “Começámos a trabalhar nisto em 2007, quando notámos pela primeira vez que havia uma grande diferença genética entre as amostras venezuelanas e algumas amostras do Peru. Depois iniciámos o processo de recolha de amostras por toda a América do Sul, para completar um mosaico de amostras que nos permitiu montar o estudo”, concluiu.

Ler Mais