Quase 60% dos bancos de gelo da Antárctida em risco de fractura, aponta investigação

Aproximadamente 60% dos bancos de gelo da Antárctida poderão estar em risco de fractura, o que acelera a perda do manto de gelo e aumenta a subida do nível médio das águas do mar, de acordo com um novo estudo publicado na revista científica ‘Nature’.

Os bancos de gelo da Antárctida são extensões flutuantes do manto gelado e ajudam a abrandar o fluxo de gelo que vai para o oceano. Mas se estes bancos fracturarem e depois colapsarem, então o fluxo de glaciares derretidos para os oceanos acelera, provocando, por sua vez, uma subida do nível do mar.

O estudo em causa mapeou áreas onde os bancos retêm o gelo a montante e são susceptíveis de ‘hidrofractura’, isto é, quando a água, em estado líquido, flui pelas fissuras no gelo e amplia as fendas, provocando, assim, o potencial colapso dos bancos gelados.

Este processo poderá acelerar mais a perda de gelo antárctico do que alguns modelos climáticos prevêem, à medida que o aquecimento da atmosfera aumenta.

O estudo vem na sequência da recente conclusão anunciada por cientistas britânicos, que indica que a Terra perdeu cerca de 28 toneladas de gelo em menos de 30 anos.

A maioria dos modelos climáticos não inclui o impacto da ‘hidrofractura’ nos seus cálculos, embora um estudo de 2016 os tenha considerado de uma forma mais simples do que esta nova investigação, publicada na ‘Nature’.

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