Qual o investimento mais rentável a 10 anos? Economista responde
Numa época marcada por uma crise económica global, os portugueses procuram pela melhor forma de rentabilizar o seu dinheiro.
De acordo com Jorge Duarte, analista financeiro formado em Economia pelo ISEG, o investimento em ações é um dos mais rentáveis a longo prazo, tendo rendido, segundo os dados, mais do que os produtos de capital garantido.
“Apesar das quedas de 2022, os mercados acionistas continuam a ser a melhor solução para investir. Uma carteira diversificada de ações globais, propiciada, por exemplo, por um fundo de investimento ou ETF, permitiu um ganho médio de 11,1% ao ano, na última década”, explica Jorge Duarte.
Apesar da sua volatilidade, e de o mercado de ações ter sido marcado nos últimos tempos por uma pandemia e por um cenário geopolítico adverso, estas continuam a ser, para o especialista, a melhor opção para investir.
Jorge Duarte alerta que, em tempos adversos, a tentação passa por vender, no entanto, a mesma volatilidade falada anteriormente pode levar a um crescimento exponencial com a recuperação dos mercados.
O especialista sublinha ainda que melhor solução é ainda misturar vários mercados e setores, quer através de fundos/ETF, quer mediante o investimento direto em bolsa, com a compra de ações de empresas que apresentem valorizações atrativas.
“De momento, consideramos as ações norte-americanas mais apelativas do que as congéneres da zona euro, mas não deve ter uma exposição de 100% aos EUA. Muito menos ficar preso à bolsa nacional, ainda que tenha empresas atrativas”, explica.
Jorge Duarte fala também de outras soluções com capital garantido mas com possibilidade de retorno mais reduzido (mas também sem volatilidade), como é o caso dos depósitos a prazo, certificados de aforro ou do tesouro.
Outra via apresentada pelo especialista passa por uma solução intermédia que consiste na composição uma carteira mista de ações e obrigações, sobretudo através da subscrição de fundos e compra de ETF. “Mesmo com uma abordagem passiva, nos últimos dez anos, uma carteira repartida de igual forma pelos mercados globais de ações e obrigações registou um ganho médio anual de 6,3 por cento”, destaca.