“Quadro meteorológico é fator crítico”: Bombeiros têm 24 horas para evitar que o fogo em Odemira chegue a Monchique

As próximas horas serão decisivas no combate ao incêndio que lavra em Odemira, com várias frentes ativas, e as condições meteorológicas serão “críticas” de forma a assegurar que as chamas não avança para a serra de Monchique , segundo indicou o Comandante Nacional Operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPC), André Fernandes.

No balanço feito esta terça-feira, pouco depois das 13h00, o responsável indicou que existem “38 novos incêndios”, para os quais foram mobilizados 674 operacionais, e 188 veículos.

André Fernandes destacou as três ocorrências que levantam “maior preocupação”, Odemira, Cinfães e Mangualde.

“Mantemos a vigilância em 15 ocorrências que vêm de dias anteriores e que estão em fase de resolução em conclusão, com trabalhos de rescaldo e vigilância, com envolvimento de 1200 operacionais”, explicou o responsável da Proteção Civil.

O Comandante Nacional Operacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil indicou que estão a ser mobilizados mais 34 grupos de reforço, com um total de 1190 bombeiros.

Nos três principais incêndios, estão mobilizados mais de 1400 bombeiros no combate às chamas. Atá ao momento, segundo indicou, contam-se 55 vítimas assistias pelo INEM, sendo que 12 foram consideradas feridos ligeiros e transportadas ao hospital.

Em Odemira, “já foram evacuadas 20 povoações e um parque de campismo”, com pelo menos 1424 pessoas retiradas de casa. André Fernandes apontou que 424 pessoas retiradas já foram acolhidas e pernoitaram noutros locais, estando neste momento a retomar às suas habitações.

“O quadro meteorológico é um fator crítico das próximas horas”, alertou o responsável, explicando que agora verifica-se vento de sul, “que permite fazer alguma mobilização”, de forma a que “passadas 24 horas, quando virara  norte, não entre na serra de Monchique”.

De acordo com os dados revelados, o incêndio em Odemira afeta uma área de 7 mil hectares, que não estão contabilizados ainda (tais como o de Castelo Branco), nas contas de 14 hectares ardidos em Portugal até ao momento.

O responsável apelou a responsabilidade e cuidado de todos, realçando que se verificaram “114 ignições em 24 horas”.

Questionado sobre o o festival Meo Sudoeste, que vai decorrer em zona relativamente próxima de onde lavra o incêndio de Odemira, o responsável assegurou que “estão garantidas as condições de segurança para a realização” do festival.

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