Putin leva ‘banho de multidão’ em rara aparição pública. Houve beijos, abraços, selfies e… suspeitas de que é um ‘sósia’

No centro de um furacão de polémica que estalou com a rebelião do Grupo Wagner, liderado por Yevgeny Prigozhin, Putin tem sido apontado como estando “fragilizado” perante os aliados e perante os russos mas, na quarta-feira à noite o Presidente russo fez uma rara aparição no meio da população e recebeu um verdadeiro ‘banho de multidão’.

Na região do Daguestão, na cidade de Derbent, Putin surpreendeu ao distribuir beijos, abraços, cumprimentos, acenos, apertos de mão a quem o esperava.

O líder russo esteve durante algum tempo com um grande grupo de jovens raparigas russas, beijando uma delas na testa. A jovem depressa pediu à mãe que tirasse fotografias dela com o Presidente, e muitos outros depois começaram a pedir ‘selfies’ com Putin, que acedeu a alguns pedidos.

Noutro momento, Putin cumprimentou com um aperto de mão um dos elementos da sua comitiva de segurança, algo que nunca tinha sido captado a fazer.

O episódio de proximidade com a população russa contrasta com as medidas extremas que Putin tem exigido a quem visita o Kremlin, como quarentenas obrigatórias para qualquer pessoa fora do seu círculo próximo e que se reúna com ele.

As diferenças, que segundo alguns são também físicas, já levaram alguns especialistas e comentadores a especular que, na realidade, que esteve no Daguestão a distribuir simpatias foi um ‘sósia’ de Putin, e não o Presidente.

“Está a tornar-se impossível acreditar que só há um Putin. Há vários, sósias muito bons, mas que se comportam de maneira diferente. O que mergulhou na multidão comporta-se de forma diferente do Putin ‘tradicional'”, indica um diplomata de Moscovo ao Daily Mail.

Igor Girkin, antigo membro do Serviço de Segurança da Federação Russa (FSB) diz que é certo que não era Putin no Daguestão, mas sim um duplo do Presidente.

“Uma pessoa que vagamente recordava o Presidente, e que não exigia cumprimento de quarentena de suas semanas antes de um encontro com ele, estava a andar por Derbent”, afirmou.

Outra explicação para a ação de Putin está relacionada com o facto de precisar de imagens que demonstrem o apoio da população à sua figura enquanto Presidente.

“Aparentemente, foi impossível montar uma receção entusiástica em Moscovo ou noutras regiões russas, por isso teve que voar para lá, onde é mais fácil organizar uma multidão”, explica Abbas Gallyamov, ex-escritor de discursos de Putin.

 

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