Putin garante que Rússia está pronta para uma guerra nuclear se for ameaçada

O presidente Vladimir Putin afirmou que a Rússia está pronta para usar armas nucleares se a existência do país estiver ameaçada. A afirmação foi divulgada pela agência de notícias RIA, na noite desta terça-feira.

“As armas existem para serem usadas (…) Temos os nossos próprios princípios”, declarou.

Esta não é a primeira vez que Putin ameaça usar armas nucleares. No dia 29 de fevereiro, o presidente disse que utilizaria equipamentos “capazes de destruir o mundo” caso a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) enviasse tropas para lutar contra a Rússia na guerra da Ucrânia.

Já nesta terça-feira, o presidente russo afirmou que, do ponto de vista técnico-militar, a Rússia está pronta para uma guerra nuclear. “Estamos, naturalmente, preparados”, vincou.

No entanto ressalvou que “há especialistas suficientes no domínio das relações russo-americanas e no domínio da contenção estratégica. Por isso, não creio que aqui tudo se esteja a precipitar para isso (confronto nuclear)”.

De acordo com a RIA, Putin enviou um recado aos Estados Unidos e afirmou que, se os norte-americanos fizerem testes nucleares, a Rússia terá o direito de fazer o mesmo.

Além disso, adiantou que, caso tropas dos Estados Unidos sejam enviadas para a Ucrânia, a Rússia irá tratá-las como intervencionistas.

Questionado se alguma vez considerou usar armas nucleares na frente de batalha na Ucrânia, o líder russo respondeu que não havia necessidade.

O Presidente russo expressou ainda confiança de que Moscovo alcançará os objetivos na Ucrânia. E afirmou que está pronto para conversar com o país vizinho, mas apenas quando as negociações forem baseadas em “realidades”.

Sobre a adesão à NATO por parte da Suécia e da Finlândia, Putin diz que este é um “passo sem sentido” do ponto de vista dos interesses nacionais e faz saber que irá reforçar a presença militar junto à fronteira com a Finlândia, assim que a entrada na Aliança for oficializada.

Vladimir Putin, no poder há mais de duas décadas e candidato à reeleição, é o favorito nas presidenciais, na ausência de qualquer oposição.

A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, graças a uma alteração constitucional feita em 2020.

 

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