Putin demite vice-ministros da Defesa e coloca familiar no cargo

Esta segunda-feira o presidente russo, Vladimir Putin, efetuou mudanças substanciais no Ministério da Defesa, demitindo quatro vice-ministros e nomeando novos rostos para as vagas deixadas. Entre os nomeados está Anna Tsivileva, uma famliar de Putin.

De acordo com decretos emitidos pelo Kremlin, os vice-ministros da Defesa Nikolai Pankov, Ruslan Tsalikov, Tatiana Shevtsova e Pavel Popov foram demitidos. Anna Tsivileva, que a imprensa russa identificou como filha de um primo de Putin, foi nomeada como uma das novas vice-ministras da Defesa.

Novos Vice-Ministros

Além de Tsivileva, outras nomeações de destaque incluem Leonid Gornin, vice-ministro das Finanças, que agora assume o cargo de primeiro vice-ministro da Defesa, subordinado ao recém-nomeado ministro da Defesa, Andrei Belousov. Pavel Fradkov, filho do ex-primeiro-ministro Mikhail Fradkov, também foi escolhido para vice-ministro da Defesa, juntamente com Oleg Savelyev.

Estas mudanças seguem-se à nomeação de Andrei Belousov como ministro da Defesa no mês passado, substituindo Sergei Shoigu, que foi transferido para o Conselho de Segurança da Rússia. Esta reorganização é vista por analistas como uma tentativa de Putin de consolidar a lealdade dentro do Ministério da Defesa, nomeando indivíduos de sua confiança para cargos-chave.

A nomeação de Anna Tsivileva, em particular, gerou especulações sobre o nepotismo no governo russo, dado o seu vínculo familiar com Putin. No entanto, o Kremlin não forneceu detalhes adicionais sobre as qualificações de Tsivileva para o cargo.

Repercussões e Expectativas
Estas mudanças significativas no alto comando do Ministério da Defesa são indicativas de uma estratégia mais ampla de Putin para reforçar o controle sobre as forças armadas e garantir a lealdade dos seus principais comandantes. A substituição de figuras veteranas como Pankov, Tsalikov, Shevtsova e Popov por novos nomes, muitos dos quais com ligações pessoais ou políticas próximas ao presidente, sugere uma reorientação das prioridades e possivelmente uma mudança na abordagem militar russa, assinala a Reuters.

Enquanto os detalhes específicos das futuras políticas e diretrizes sob o novo comando ainda não foram divulgados, espera-se que estas nomeações impactem a estratégia de defesa da Rússia e o funcionamento interno do Ministério, assim como as frentes de combate na guerra na Ucrânia.

Ler Mais