Putin assina decreto para recrutar 147 mil soldados para as forças armadas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto para recrutar 147 mil soldados para as forças armadas russas, esta quinta-feira.

O processo de recrutamento vai acontecer entre 1 e 15 de julho, segundo a RIA Novosti. “Decidi autorizar, de 1 de abril a 15 de julho de 2023, o recrutamento de cidadãos russos com idades compreendidas entre os 18 e os 27 anos que não se encontram na reserva, num total de 147 mil pessoas”, pode ler-se no documento, citado pela agência estatal russa.

Entretanto, a partir de dia 1 de abril vai decorrer uma nova campanha de recrutamento, anunciada este mês pelo Ministério da Defesa da Rússia com o objetivo de mobilizar 400 mil soldados para o exército russo, ficando o recrutamento a cargo de profissionais dedicados ao alistamento militar e o cumprimento do plano será responsabilidade dos governadores de cada região.

Ambas as iniciativas surgem numa altura em que a Rússia regista elevadas perdas de soldados especializados, como motoristas de tanques e artilheiros, segundo o canal de Telegram Vyorstka.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou a invasão à Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais. Para assinalar o aniversário da guerra, os aliados ocidentais da Ucrânia anunciaram o reforço do apoio militar a Kiev.

A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Até agora, este conflito causou a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU), que apesar de não relatar o número de baixas civis e militares, admite que será elevado.

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