PSI em queda empurrado pelo comportamento negativo dos congéneres europeus

O PSI terminou o mês de junho com o valor de 6.480,1 pontos, o que representa uma diminuição mensal de -5,7%, tendo sido contagiado pelo comportamento negativo dos principais índices europeus e em particular pelo índice de referência francês.

“As incertezas relativas à manutenção em terreno restritivo da política monetária, as tensões geopolíticas, os resultados das eleições para o Parlamento Europeu e o processo eleitoral na França, foram os principais ingredientes que condicionaram a evolução do mercado bolsista nacional”, explicam os especialistas da Maxyield.

No mês passado, apenas três sociedades cotadas do PSI tiveram crescimento mensal das suas cotações, sendo que 13 sofreram redução de valor.

O ranking mensal das sociedades com aumento de valor envolve a Altri (7%), a Galp (2,1%) e a Greenvolt (0,2%). Por outro lado, as sociedades com diminuição de valor foram a Mota-Engil (-14,1%), a Jerónimo Martins (-11,3%), a EDP Renováveis (-11,3%), o BCP (-9,4%), a Ibersol (-7,8%), a Sonae SGPS (-7,7%), a Semapa (-6,9%), a EDP (-6,2%), a Corticeira Amorim (-5,9%), os CTT (-4,3%), a Navigator (-3,2%), a NOS (-0,3%) e a REN (-0,2%).

Apesar da retração mensal, o PSI manteve-se na faixa [6300  – 7750], que nos reporta para  níveis atingidos há 10 anos.

Após quebra nos meses de janeiro e fevereiro, o PSI entrou numa trajetória crescente, interrompida no mês de junho.

Já a banda de variação anual é bastante ampla, oscilando entre 47,8% da Galp e -29,6% da EDP Renováveis. Nove títulos apresentam uma variação anual positiva e sete sociedades cotadas sofreram quebras na sua cotação.

As sociedades com variação anual positiva foram a Galp (47,8%), o BCP (22,7%), os CTT (20,1%), a Altri (17,1%),  a Navigator (9,5%), a Semapa (8,1%), a NOS (3,3%),  a Ibersol (2,1%) e a Greenvolt (1,7%). Por outro lado, as sete sociedades com quebra anual da cotação foram a EDP Renováveis (-29,6%),  a EDP (-23,2%), a J. Martins (-20,8%), a Mota-Engil (-13,1%), a Sonae SGPS (-3,3%), a REN (-1,5%) e a Corticeira Amorim (-1,4%).

De acordo com a Maxyield, verifica-se que seis sociedades em 2024 entraram  na situação de bear market, com quebras superiores a 20% relativamente ao último máximo, envolvendo a EDP Renováveis, a EDP, a REN, a NOS, a J. Martins e a Sonae SGPS, que no seu conjunto representam 49% do PSI, condicionando o ritmo da evolução positiva anual.

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