PS cai mas PSD não capitaliza: Chega é o maior beneficiário da crise política, aponta sondagem
A crise política causada pelo pedido de demissão de António Costa deixou os eleitores portugueses indecisos sobre em quem votar caso as eleições fossem hoje: face a outubro, o número de indecisos mais do que duplicou, revelou esta sexta-feira uma sondagem da Intercampus para o ‘Jornal de Negócios’: “os eleitores fugiram do PS para a indecisão”, concluiu.
Os socialistas tiveram uma perda relevante superior a sete pontos percentuais face ao barómetro de outubro, descendo abaixo dos 20%. No entanto, o PSD – e a direita, de uma forma geral – não conseguiu aproveitar a crise: pelo contrário, até desce face a outubro, de 25,7% para 21,8% das intenções de voto, mantendo, no entanto, quatro pontos percentuais de avanço sobre o PS. A Iniciativa Liberal também não acumulou qualquer ganho, perdendo 1,3 pontos percentuais face a outubro e sendo mesmo ultrapassado pelo Bloco de Esquerda.
No entanto, há partidos dos dois quadrantes políticos que revelaram ganhos relativos: o Chega é mesmo o maior beneficiário da crise política, tendo subido 1,3 pontos percentuais face ao mês passado, reforçando o seu terceiro lugar na intenção de votos dos portugueses. O Bloco de Esquerda também sobe 1,2 pontos percentuais, passando a ser a quarta força política. O Livre também melhora os seus números e ultrapassa o PAN e o CDS, que regressa ao último lugar do barómetro.
A sondagem, por último, apontou que a direito lidera nas intenções de voto mas como o PSD já afastou qualquer tipo de acordo com o Chega, os restantes partidos não são suficientes para uma maioria estável.