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Próxima semana à lupa: Investidores aguardam sinais cruciais vindos dos EUA
A próxima semana (ao contrário desta) será rica em dados macroeconómicos que serão divulgados ao longo dos cinco dias.
Dados referentes à inflação, PMIs de várias economias serão divulgados e darão aos investidores novas perspetivas sobre os avanços da recuperação económica e da atividade económica nas principais economias globais.
Sendo que o dia mais marcante será o de quarta-feira com várias dados macroeconómicos a serem divulgados nos EUA mas também serão anunciadas as decisões nas taxas de juro juntamente com as perspetivas económicas por parte da FED que será o principal evento do dia e que os investidores certamente irão aguardar com entusiasmo.
E isto porque há a possibilidade de vir a ser aprovado um novo pacote de estímulos à economia americana e poderá colocar novamente os índices norte-americanos e o dólar americano em destaque.
Termina semana marcada pelo Brexit
As negociações em torno do acordo do Brexit marcaram o começo da semana, pois a falta de um acordo acabou por colocar novamente a libra sob pressão e os investidores voltaram a ficar preocupados devido aos receios de não existir nenhum acordo entre ambas as partes.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson Ursula Von Der Leyen irão manter as reuniões entre ambas as partes, mas há relatos da imprensa britânica que o impasse poderá manter-se até ao final do ano.
Ao longo desta semana também acabámos por assistir aos índices norte-americanos a baterem novos máximos históricos, como por exemplo o Nasdaq, Dow Jones e S&P 500, mas que acabaram por ficar fortemente pressionados pelos vendedores fazendo com que os recentes ganhos tenham sido anulados pelas correções do final da semana.
A cimeira da UE juntamente com as declarações da presidente do BCE, Christine Lagarde, marcaram a sessão de quinta-feira. Foi aprovado um novo e reforçado dos estímulos à atividade económica na zona euro, mas a presidente do BCE alertou para as consequências negativas que a segunda vaga da pandemia que foram mais fortes do que o previsto.
Nos Estados Unidos, os recentes dados macroeconómicos divulgados mostram que a economia norte-americana está a ser prejudicada com o aumento de novos casos de coronavírus em todo o país, o número de desempregados de longa duração tem vindo a aumentar e esta semana os pedidos de subsídio de desemprego subiram mais do que o previsto.
*Henrique Tomé, Analista XTB