
Trump promete luxo em Gaza, e não é a primeira vez que o faz. Conheça o grande investimento que transformou por completo uma cidade
A recente proposta de Donald Trump para transformar Gaza de um “inferno” na “Riviera do Médio Oriente” causou surpresa e choque entre líderes mundiais. No entanto, esta não é a primeira vez que o ex-presidente dos EUA promove grandes projetos imobiliários como solução para revitalização urbana. A história dos empreendimentos de Trump em Atlantic City é um exemplo de como a sua abordagem ao desenvolvimento pode gerar tanto entusiasmo como controvérsia.
Nicholas Ribis, ex-executivo do império de casinos de Trump, afirmou que “Donald foi um grande promotor” e que “ninguém promovia as suas ideias como ele”. Ribis acredita que a proposta de revitalização de Gaza surgiu espontaneamente na mente de Trump, mas que dificilmente se tornará realidade, revela a ‘Forbes’.
Nos anos 1970, Trump interessou-se por Atlantic City após a legalização dos jogos de azar, que geraram receitas de 134 milhões de dólares no primeiro ano. Rapidamente começou a investir em terrenos e a construir casinos, apesar de enfrentar resistência de moradores locais. O Trump Plaza foi inaugurado em 1984, seguido pelo Trump Castle em 1985 e pelo Trump Taj Mahal em 1990, promovido pelo próprio magnata como a “oitava maravilha do mundo”.
Contudo, a expansão dos seus empreendimentos levou a uma série de falências devido ao elevado endividamento. Para manter os negócios, Trump recorreu ao mercado de ações, onde investidores adquiriram ações da sua empresa pública, listada na Bolsa de Nova Iorque com o símbolo “DJT”. No entanto, a empresa acumulou dívidas e declarou falência mais duas vezes nos anos 2000, causando prejuízos significativos aos investidores.
Andrew Weiss, ex-funcionário da Trump Organization, descreve a capacidade de Trump de atrair investimentos como uma “combinação de charme, força e manobras financeiras”, revela a mesma fonte.
Agora, Trump apresenta um plano ambicioso para Gaza, afirmando que os contribuintes americanos não terão de arcar com os custos. Segundo ele, “países vizinhos de grande riqueza” poderiam financiar a transformação da região. No entanto, a Arábia Saudita já rejeitou a ideia, e um porta-voz do Catar afirmou que ainda é cedo para considerar tais planos.