Protestos voltam a encher Lisboa este sábado: STOP organiza marcha com dezenas de milhares de profissionais da Educação
Este sábado, o Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) volta a realizar, em Lisboa, uma nova marcha de profissionais da Educação, desde o Palácio da Justiça até à Assembleia da República. A nova ação segue-se a outra semelhante, no mês passado, a 28 de janeiro, e que contou com mais de 80 mil profissionais da educação em protesto.
Para amanhã é expectável que dezenas de milhares de professores voltem a fazer-se ouvir nas ruas da capital, num percurso que acabará na Assembleia da República, à semelhança de outras ações. Esta semana, e após terminar mais uma ronda negocial sem acordo entre Governo e sindicatos do setor, André Pestana, líder do Stop, garantiu que, perante os avanços insuficientes sobre a contratação e concursos, pelo que a contestação vai manter-se.
“Foram pequeníssimos os passos, mas houve e nós interpretamos que foi graças à luta”, considerou o dirigente do sindicato que tem em curso uma greve por tempo indeterminado desde dezembro e organizou manifestações que juntaram, em Lisboa, milhares de profissionais.
O sindicato garante que vai continuar a lutar, não abdicando de discutir questões como a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das vagas no acesso aos 5.º e 7.º escalões da carreira e a situação dos trabalhadores não docentes.
André Pestana, lamenta que não haja “datas concretas, nem nenhum compromisso” por parte do Governo, que “poderá ceder apenas em alguns setores da classe”, pelo que a estrutura sindical considera que o Ministério da Educação está a “tentar dividir para reinar”.
O responsável, que hoje estará presente na marcha dos profissionais do setor da educação, diz que 96% dos milhares de funcionários escolares auscultados pelo sindicato rejeitam as propostas do executivo.
“Auscultámos os nossos sócios e não sócios, docentes e profissionais de educação, sobre as propostas do ministério e já temos os primeiros resultados: São milhares e milhares os que participaram e a rejeição foi acima de 96% de escolas de todo o pais”, sustentou.