Propagandista do Kremlin discute na televisão russa ataque a duas nações NATO (e ambas não são longe de Portugal)

A televisão estatal da Rússia continua a ser um ‘terreno fértil’ para ameaças ao Ocidente, reflexo do pensamento dominante do Kremlin. Desta feita, um convidado num programa televisivo russo propôs-se atacar dois membros da NATO – num debate no ‘Russia-1’, Vitaly Tretyakov, jornalista e reitor da Universidade Estatal de Lomonosov, discutiu o lançamento de ataques contra França e Itália.

O debate foi partilhado nas redes sociais por Anton Gerashshenko, conselheiro do ministro dos Assuntos Internos da Ucrânia. “Atenção, França e Itália! Os propagandistas russos querem ‘salvar-vos’”, escreveu, na rede social ‘X’.

Não é a primeira vez que os propagandistas do Kremlin comentam uma guerra mundial iminente e ataques da Rússia em território NATO – os laços entre Moscovo e o Ocidente tornaram-se cada vez mais tensos após a decisão de Vladimir Putin de invadir a Ucrânia e são frequentes as vozes na televisão russa que exigem ataques aos Estados Unidos e a outros países NATO devido ao apoio militar a Kiev.

“Porque é que a Rússia atacaria a NATO e a União Europeia? E depois? Para assumir o controlo de Amesterdão, onde a cocaína está por todo o lado, já não só nas farmácias?”, indicou Tretyakov. “O que farão as unidades de ocupação russas? Vão lá para combater o tráfico de drogas?”, perguntou.

Um dos convidados interrompeu Tretyakov, questionando se ele queria dizer que a Rússia “não atacaria países onde são legalizadas as drogas pesadas”. “Não sei, é algum tipo de abordagem seletiva, como se atacaríamos este e não atacaríamos este?”, referiu Tretyakov. “Há sempre algo legalizado em algum lugar, como pedofilia, LGBT. Por que iríamos atacá-los? Para trazer-lhes padrões morais adequados e decentes porque eles os rebaixaram? Além de todos os outros aspetos: económicos, alimentá-los, dar-lhes água, etc.”

Assim, de acordo com o propagandista do Kremlin, a Rússia deveria atacar as nações NATO “para a salvação”. “Portanto, se tivermos de atacar alguém para a salvação, existem apenas dois países – França e Itália – onde está concentrada a principal riqueza da cultura europeia, da Europa Ocidental e da Europa Central”, indicou Tretyakov. “É aqui que há algo que é preciso salvar.”

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