Professores fazem ‘ultimato’ ao Governo e ameaçam com 18 dias de greve em janeiro e fevereiro
O Secretário-geral da FENPROF encerrou esta quinta-feira em Lisboa o ciclo de vigílias que se realizaram ao longo da semana em 19 localidades de todos o país.
Mário Nogueira anunciou que as organizações sindicais vão dar um prazo ao ministério da Educação até 10 de janeiro para recuar nas suas intenções, apresentar novas propostas para a revisão do regime de concursos e iniciar processos negociais relativos a outras questões, como a recuperação do tempo de serviço congelado, o fim das quotas na avaliação docente, um regime específico de aposentação ou o fim da precariedade.
“Se a resposta não chegar até 10 de janeiro”, as organizações sindicais – ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINDEP, SIPE, SPLIU e SIPE – “irão avançar para uma greve por distritos, ao longo de 18 dias, com início a 16 de janeiro”, refere a Fenprof em comunicado.
“Estão ainda previstas outras formas de luta, cujo ponto alto será a manifestação nacional do dia 4 de março em defesa da profissão docente”, sublinha a estrutura sindical.
Ainda está tarde, também o Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P) decretou greve para todo o mês de janeiro de 2023, como forma de protesto pelas últimas decisões do Governo, nomeadamente a transferência da Educação para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
Para sábado, está convocada uma manifestação nacional na Praça Marquês de Pombal, em Lisboa.