Professores ameaçam fazer greve aos exames e dão 60 dias ao próximo Governo para responder às suas reivindicações

Os professores estão disponíveis para avançar com uma greve aos exames, se o próximo Governo não responder a algumas das suas principais reivindicações, nos primeiros 60 dias de executivo, garante o movimento “Missão Escola Pública”, em declarações à Renascença.

“Ainda que eventualmente alguma das medidas possa não ser concretizável nos 60 dias apontados, a Missão Escola Pública entende que será fundamental que, dentro desse prazo, se tomem medidas com vista à sua breve consecução, nomeadamente estabelecendo-se memorando com os sindicatos, em processo negocial”, pode ler-se num comunicado.

O mesmo documento sublinha que “será essencial para que a serenidade regresse às escolas e não sejam agendadas ações de protesto no início da nova legislatura que estas medidas sejam implementadas com caráter de urgência”.

O movimento de professores, que se diz apartidário (mas não apolítico), enviou este sábado uma carta com 11 medidas ao líder da AD, Luís Montenegro, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

As 11 reivindicações da “Missão Escola Pública”:

– Agendamento da recuperação de todo o tempo de serviço;
– Alteração ao atual modelo de Avaliação Docente;
– Eliminação das quotas de acesso aos 5.º e 7.º escalões;
– Alteração ao modelo de gestão, tornando-o democrático;
– Definição de ajudas de custo para os docentes deslocados;
– Anulação da possibilidade de recrutamento de professores por parte dos
diretores, anulando esta ideia de reforço dos seus poderes autocráticos;
– Decretamento do fim das provas em formato digital;
– Implementação de medidas que visem combater o facilitismo e a
indisciplina;
– Revisão do decreto que define a habilitação própria para a docência;
– Implementação de medidas que promovam uma verdadeira inclusão,
quer de alunos com necessidades educativas especiais, quer de alunos
estrangeiros;
– Agendamento de reuniões de trabalho cujo objetivo seja a substituição
das aprendizagens essenciais por programas mais exigentes, bem como a
redefinição da carga horária das diferentes disciplinas.

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