Produção hídrica aumentou 56% no 1º semestre na EDP e renováveis crescem 20%
A produção hídrica da EDP aumentou, no primeiro semestre deste ano, 56% em relação ao período homólogo tendo, no geral, verificado um crescimento nas renováveis de 20%, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no qual dá conta dos “Dados Operacionais Previsionais” relativos aos primeiros seis meses do ano, a EDP destacou que “a produção hídrica aumentou 56% face ao período homólogo, para 11,2 TWh [terawatts hora], 2,7 TWh acima do esperado para o período na Península Ibérica, suportada por elevados volumes de afluência” no primeiro semestre.
Segundo a EDP, a produção hídrica em Portugal esteve 40% acima da média histórica, face a 21% abaixo da média no primeiro semestre do ano passado.
“A produção hídrica por bombagem aumentou 37% face ao período homólogo, para 980 GWh [gigawatts hora], justificado pelo aumento da volatilidade do preço horário de eletricidade”, referiu.
Segundo a EDP, no final de junho, “os níveis dos reservatórios hídricos em Portugal situavam-se nos 80%, em linha com junho de 2023, 14 p.p. [pontos percentuais] acima da média histórica para este período do ano”.
Paralelamente, “a produção de energias renováveis da EDP aumentou 20% no primeiro semestre, para 30,2 TWh, representando 98% da produção total de eletricidade e refletindo a nossa ambição de ser ‘All Green’ até 2030”, referiu.
Segundo o grupo, a produção eólica e solar aumentou 5%, suportada pelo crescimento “de 69% na produção solar face ao período homólogo, resultado do forte crescimento da capacidade instalada e do nível de produção eólica inalterada, com a melhoria dos recursos eólicos nos EUA e Europa a serem mitigados pelos menores recursos eólicos no Brasil e pelas três transações de rotação de ativos no segundo semestre de 2023”.
De acordo com os dados divulgados pela EDP, no segundo trimestre de 2024, “o negócio integrado ibérico beneficiou do forte volume de produção hídrica e da redução significativa dos custos de abastecimento de gás, num contexto de preços médios de eletricidade baixos na Península Ibérica”.
De acordo com a empresa, “a produção térmica baixou 83%, -98% no carvão e -72% no gás, devido aos menores fatores de utilização de capacidade térmica na Península Ibérica e suportado pela venda de 80% da central a carvão de Pecém no Brasil” e pela “nova parceria 50/50 na termoelétrica de Aboño em Espanha (-1,6 GW), refletindo o compromisso da EDP de ser ‘coal free’ [livre de carvão] até 2025”.
A EDP referiu ainda que “na atividade de comercialização, na Península Ibérica, o volume de eletricidade comercializado diminuiu 9% em termos homólogos, refletindo principalmente a diminuição de volumes vendidos a clientes empresariais em Espanha”, sendo que “no gás, os volumes vendidos diminuíram 11% em relação ao período homólogo”.
Já no Brasil, “a eletricidade distribuída registou um aumento de 9% face ao período homólogo, devido às elevadas temperaturas e ao aumento de 2% no número de clientes ligados à rede face ao primeiro semestre de 2023”.
No segundo trimestre, lembrou, a EDP “venceu o leilão para a construção e operação de 3 lotes de ativos de transmissão de eletricidade no Brasil, com uma extensão total de 1.388 km”.
No que diz respeito à distribuição de eletricidade na Península Ibérica, aumentou 2% face ao período homólogo e o número de clientes ligados à rede subiu 1%.
Nos últimos 12 meses, o grupo EDP adicionou 3,1 GW de capacidade eólica e solar, atingindo uma capacidade instalada de 17,1 GW em junho de 2024, revelou.