Produção de seguros em Portugal recua 18,7% em 2020 para 9900 milhões de euros
A produção de seguro direto em Portugal diminuiu 18,7%, para 9.900 milhões de euros em 2020 face a 2019, com o ramo Vida a recuar 34,8% e o Não Vida a crescer 3%, divulgou hoje o regulador.
Segundo os valores provisórios do ano passado avançados pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), no ramo Vida o peso dos planos de poupança reforma (PPR) diminuiu 19,3 pontos percentuais (de 44,8% em 2019 para 25,5% em 2020), “em resultado da quebra de 62,9% verificada na sua produção, decrescimento que acompanhou a tendência do ramo”.
Já para a evolução dos ramos Não Vida salientam-se as contribuições dos ramos ‘Acidentes e Doença’ (3,2%), ‘Incêndio e Outros Danos’ (4,3%) e ‘Automóvel’ (2,1%).
Analisando as quotas de mercado do ramo Vida por grupo económico nos últimos três anos, o regulador dá conta da manutenção da liderança por parte do grupo Fidelidade, com uma quota de mercado de 25,7%.
“De salientar, no mesmo período, a recuperação de quota de mercado dos grupos Fidelidade e Santander (dois pontos percentuais e 0,6 pontos percentuais, respetivamente)”, refere.
O grupo Fidelidade assumiu a liderança também nos ramos Não Vida, com uma quota de mercado de 28,4%.
De acordo com a ASF, no período em análise “apenas os grupos Fidelidade e Ageas apresentaram um ligeiro aumento da respetiva quota de mercado (0,5 pontos percentuais e 0,3 pontos percentuais, respetivamente)”.
Já no que respeita à estrutura do mercado das empresas de seguros sob supervisão prudencial da ASF – cuja quota de mercado corresponde a 88,9%, equivalente a cerca de 8.800 milhões de euros – registou-se a diminuição de duas empresas de seguros, por fusão.
Segundo precisa, no âmbito das sucursais de empresas de seguros da União Europeia verificou-se a saída de três sucursais.