“Principal problema enfrentado pelos grandes bancos centrais continua a ser a inflação”, diz Diretor-Geral da Ebury

Durante a semana passada a posição mais hawkish da Reserva Federal Americana levou a uma recuperação do dólar, com os dados conhecidos nos EUA e na Zona Euro a mostrarem que “o principal problema enfrentado pelos grandes bancos centrais continua a ser a inflação”.

David Brito, Diretor-Geral da Ebury, explica à Executive Digest que o grande vencedor da semana passada foi a Libra estrelina, que viu a forte inflação e os dados de emprego a sustentarem a visão da Ebury de que “a recessão no Reino Unido será curta e superficial”.

“Pensamos que as expectativas do mercado de que o Banco de Inglaterra deixará de subir as taxas muito antes de chegar a 5% são fantasiosas e esperamos que a Libra esterlina tenha um desempenho superior à medida que os mercados se aproximem consensualmente do nosso ponto de vista”, explica.

Por outro lado, as moedas latino-americanas tiveram um período difícil, tendo caído no meio de preços de commodities mais fracos e preocupações sobre políticas fiscais mal orientadas.

Na Zona Euro destaca-se para esta semana a divulgação dos índices PMI da atividade empresarial, em que as expectativas são de mais uma descida para níveis contracionistas. “Outros índices de opinião superaram as expectativas e o estado de espírito parece ser melhor do que no mês passado. Uma surpresa positiva ajudaria muito o Euro a prosseguir no caminho da valorização”, explica o Direto-Geral da Ebury.

Esta semana ficará marcada por diversas intervenções dos bancos centrais, incluindo várias do BCE e nada menos do que quatro do Banco de Inglaterra. Do outro lado do Atlântico, o feriado do Dia de Ação de Graças faz com que seja uma semana mais calma nos EUA. “As previsões na generalidade são sombrias, abrindo a possibilidade de uma surpresa positiva. O calendário está invulgarmente preenchido”, diz David Brito.

 

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