Prestadores de serviço na EDP em greve exigem aplicação do acordo coletivo

Os trabalhadores das prestadoras de serviço na EDP, que estão em greve, com “adesão elevadíssima”, pediram ao Governo que intervenha na resolução de um conflito “de décadas”, acusando a empresa de não cumprir o acordo coletivo, avançou fonte sindical.

Uma delegação de trabalhadores das empresas prestadoras de serviços na EDP, que realizam hoje uma greve de 24 horas, entregou no Ministério do Trabalho, em Lisboa, um documento com as suas principais reivindicações.

Em causa está, sobretudo, “a aplicação do acordo coletivo da EDP a todos os trabalhadores”, com todos os direitos assegurados, inclusive em matéria salarial, adiantou à Lusa o coordenador da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal), Rogério Silva.

Os trabalhadores exigem o fim das discriminações, apontando que existem colaboradores “lado a lado, com subsídios de refeição diferentes”, a que se somam vínculos de trabalho precários.

Segundo dados da federação sindical, nesta situação encontram-se perto de 5.000 trabalhadores.

Face à ausência de respostas por parte da EDP, estes trabalhadores avançaram para uma greve de 24 horas, que está a ter uma “adesão elevadíssima”.

A Fiequimetal indicou que os centros de contacto não estão a funcionar e que as lojas da EDP estão “quase na sua totalidade” encerradas.

Paralelamente, foram hoje ao Ministério do Trabalho pedir a intervenção do executivo para resolver um conflito que se prolonga “há décadas”.

Rogério Silva garantiu ainda que estes trabalhadores “estão determinados” em ver cumpridas as suas exigências e, por isso, caso continuem sem respostas, vão avançar com novas formas de luta.

A Lusa contactou a EDP, mas não obteve resposta.

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