Pressão da CE leva Embraer a adiar venda à Boeing

A Embraer adiou para 2020 o prazo para concluir um negócio com a Boeing, que prevê a compra de uma participação maioritária na sua unidade de fabrico de aviões a jacto.

A fabricante aeronáutica brasileira tinha afirmado anteriormente que o negócio que prevê a aquisição de 80% da unidade por 4,75 mil milhões de dólares deveria ficar fechado até ao final deste ano.

Este negócio permite à fabricante norte-americana Boeing concorrer nesta área com a europeia Airbus, que recentemente comprou uma participação de controlo na unidade de aviões comerciais de até 150 passageiros da canadiana Bombardier.

O anúncio de adiamento do negócio surge depois da Comissão Europeia ter afirmado que vai avançar para uma investigação extensa sobre a oferta da Boeing.

Em Setembro, fontes próximas do processo adiantaram à agência Reuters que a investigação poderá durar cinco meses, após a revisão preliminar que a Comissão Europeia terá de concluir até esta sexta-feira.

A CE terá questionado fornecedores e concorrentes sobre o negócio, o que indicia preocupações sobre concentração no mercado, referiram as mesmas fontes. De acordo com a Reuters, a CE está apreensiva com a redução do número de players, que passariam de sete para seis, e de três para dois em vários segmentos.

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