Preços das casas sobem 15% até setembro
O preço de venda das casas em Portugal (Continental) aumentou 14,7% em termos homólogos no 3º trimestre de 2019. Tal representa uma ligeira desaceleração face à taxa de variação homóloga registada no trimestre anterior e confirma a tendência de suavização na valorização que esse trimestre veio marcar. No 2º trimestre, a subida homóloga dos preços fixou-se em 14,8%, um nível elevado, mas que recuou 1,1 pontos percentuais face ao pico de 15,9% atingidos no final do 1º trimestre de 2019.
Os dados são do Índice de Preços da Confidencial Imobiliário, indicador que acompanha a evolução do comportamento dos preços de habitação com base nas transações de venda.
Em termos trimestrais, a nota no final de setembro é também de perda de intensidade na subida, com o aumento de 3,2% agora observado a ficar 0,7 pontos percentuais abaixo dos 3,9% registados no 2º trimestre.
Não obstante a suavização trazida no 3º trimestre, quer a subida homóloga quer a trimestral estão em linha com os níveis de crescimento que marcam o forte ciclo de valorização da habitação nos últimos dois anos. Neste período, que consolida a recuperação do mercado residencial, o preço de venda das casas tem subido quase sempre em torno dos 15% em termos homólogos e acima dos 3,0% em termos trimestrais.
A evolução dos preços ao longo destes últimos dois anos foi de tal forma expressiva que se em setembro de 2017 o mercado ainda não tinha recuperado das perdas do período da crise (de 2007 a meados de 2013), um ano mais tarde, em setembro de 2018, os preços já estavam 10,6% acima dos níveis pré-crise (2007). No final de setembro de 2019, essa recuperação é já de 26,9%.
“Os dados do índice relativos ao 2º trimestre mostram que a dinâmica de valorização tem sido cada vez menor em Lisboa (que teve uma valorização de 9,6% nessa altura), sendo agora liderada por outras cidades nessa região e no Porto. Os dados do 3º trimestre ainda não estão apurados ao nível concelhio, mas é de esperar que esse comportamento se confirme neste período”, comenta Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário.