Preços das casas “estabilizam”, mas comprar um imóvel custa mais 15.000 euros do que no ano passado
Apesar da crise económica que estamos a vivenciar, o preço das casas só agora parece estar a dar sinais de alguma estabilização. No entanto, os dados mostram que no mês de maio o aumento foi de 3,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.
De acordo com o barómetro do Imovirtual, verifica-se uma ligeira descida em maio, em relação a abril, de -0,2%, fixando-se em 411,178 euros. Já em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 395,984 euros, verifica-se um aumento de 3,8%, com as casas a ficarem cerca de 15.000 euros mais caras.
No que diz respeito ao arrendamento, verifica-se um aumento de 26% em comparação ao período homólogo, estando 342 euros mais cara. Desde o início do ano, que se tem verificado uma ligeira estabilização dos valores médios, pelo que maio não foi exceção, fixando-se agora em 1.704 euros.
“Desde o início do ano, que verificamos uma estabilização dos custos médios de venda e arrendamento de imóveis, uma resposta do mercado à atual realidade económica e social, no qual o custo de vida está mais elevado e o poder de compra mais reduzido. Por esta razão, continuamos a prever a estabilização dos preços, pelo menos nos próximos meses”, diz Diogo Lopes, Marketing Manager do Imovirtual.
A análise mostra que, no que respeita à venda de imóveis, o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em maio, face a abril, foi Guarda (+7,9%), seguindo-se a Beja (+6,4%) e Bragança (+5,18%). Por outro lado, Lisboa (-3,1%) assinala um decréscimo mais significativo, com os restantes distritos a registarem relativa estabilização.
Já no que respeita ao arrendamento, Funchal (+4,3%) e Viana do Castelo (+3,9%) são os distritos com maior aumento da renda média em maio, face ao mês anterior, enquanto a Guarda regista uma descida acentuada da renda média em maio (-18,4%), comparativamente com abril, descendo para 475€.