Preço do paládio atinge novo máximo histórico
O preço do paládio aumentou e atingiu recordes históricos esta segunda-feira, à medida que aumenta também a expectativa na recuperação da procura por este tipo de metal no setor automóvel. Usado nos sistemas de escape dos veículos a gasolina, para reduzir a emissão de gases poluentes, a procura pelo paládio tem vindo a crescer exponencialmente, ao ponto de subvalorizar o preço do ouro.
O paládio alcançou mais uma vez máximos históricos, ao atingir os cerca de 2.500 euros, enquanto o ouro recuperou apenas ao nível dos 1.500 euros. O recorde anterior tinha sido alcançado antes do início da crise da pandemia, em fevereiro de 2020.
Embora as subidas de ambos coincidam, o paládio é indiscutivelmente o metal preferido para purificar as emissões dos motores a gasolina, num mercado automóvel que se revela em recuperação total do Covid-19.
O Citigroup prevê, de acordo com o ‘Investing’, que o paládio atinja um valor ainda mais alto nos próximos três meses. O aumento pode chegar aos 2.900 euros, caso as interrupções nas atividades nas minas siberianas de Norilskiy Nikel, a maior instalação de produção de paládio do mundo, correrem pior do que o esperado, disse o banco.
O paládio parece ser o protagonista de uma das maiores reviravoltas da história da valorização dos metais. Em termos mensais, este metal, extraído como um subproduto da platina, acumula vitórias consecutivas de fevereiro a abril, com subidas de mais de 12% só em março.