“Potências ocidentais não nos vão impor o seu estilo de vida”: Uganda avança com lei que prevê pena de morte para relações homossexuais

As potências ocidentais “não nos vão impor o seu estilo de vida”, garantiu esta quinta-feira o arquiteto da polémica lei no Uganda que endurece as punições para pessoas LGBTI, Asuman Basalirwa.

“Há uma diferença entre vista e estilo de vida, e a homossexualidade é um estilo de vida. Não é a vida e queremos que isso fique bem claro”, justificou Basalirwa, durante um evento com estudantes universitários, citado pelo jornal ugandês ‘Monitor’. O responsável apelou ainda aos alunos que “resistam” em participar de “atos homossexuais” e convidou-os a dirigirem-se para a Embaixada dos Estados Unidos para “dizer-lhes que, por favor, respeitem-nos”. “Tudo o que exigimos deles é apenas respeito. Há coisas que fazemos aqui mas não podem ser feitas nos seus países”, acrescentou.

Para o responsável político, o Ocidente deveria “simplesmente respeitar” a legislação. O Uganda já criminalizava os atos homossexuais mas a nova lei veio endurecer a punição, com uma possível pena de morte se as relações envolverem menores ou implicarem a transmissão de alguma doença, uma lei que foi promulgada na passada sexta-feira pelo presidente Yoweri Museveni.

Diversas organizações de defesa dos direitos humanos já criticaram a lei, assim como o Governo dos Estados Unidos, importante parceiro comercial do país africano. Washington ameaçou mesmo impor sanções devido a uma lei que, segundo o secretário de Estado Antony Blinken, “causa preocupação”.

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