Portugueses pagam mais de crédito habitação: Prestação média situa-se nos 575 euros
Os portugueses pagam em média 575 euros nos mais recentes contratos de crédito habitação. O número de famílias que estão a pagar prestações mais elevadas aumentou em 2022.
De acordo com os dados divulgados pelo Comparajá.pt, quase 30% das famílias que utilizaram os serviços do portal pagaram uma mensalidade entre os 400 e os 549 euros por mês no seu crédito habitação, valores superiores aos registados em 2021.
Apesar de o número de famílias que estão a pagar prestações mais elevadas ter aumentado, o rendimento médio dos proponentes é superior à média nacional.
De acordo com os números da PORDATA para 2020, o salário médio de um português por conta de outrem fixou-se nos 1041,99 euros. Já o salário médio dos proponentes de crédito habitação que recorreram ao ComparaJá.pt ascende aos 1453,3euros.
“No entanto, é de realçar que uma grande parte dos pedidos de crédito habitação (37%), mais de um terço, continuam a ser de consumidores cujo rendimento vai até aos 1.000 euros por mês”, explica o portal.
No que respeita à taxa de esforço, ou seja, o rácio entre as obrigações de crédito que o agregado tem e os rendimentos que aufere, é possível perceber que não existe uma taxa de esforço que se destaque das restantes.
“Tirando uma delas que por recomendações do Banco de Portugal acaba por ser menos praticada – a taxa de esforço superior a 40% -, as restantes classes acabam por ter números muito semelhantes, sendo que a maior diferença existente é de apenas 5%”, explica o Comparajá.pt.
A taxa de esforço deve ser igual ou inferior a cerca de um terço dos rendimentos de cada família. Isto permitirá que, caso haja uma eventual alteração das condições socioeconómicas, como o desemprego ou doença prolongada, não haja lugar a eventuais incumprimentos.
