Portugueses “não vão ter desculpa de não se não vacinar porque não dá jeito”: ministro salienta que “está tudo a postos” mas admite dificuldades nos primeiros dias

Manuel Pizarro salientou, esta segunda-feira, que os portugueses “não vão ter desculpa de não se vacinar porque não dá jeito”. “Está tudo a postos e faço um grande apelo aos portugueses para, como sempre aconteceu, aderirem à vacinação”, explicou, salientando que foram feitos “esforços para tornar a ida mais simples. A vacinação não apenas ocorrerá nos centros de saúde mas também na grande maioria das farmácias, mais próximas das residências das pessoas”.

“Todas as pessoas com mais de 60 anos têm indicação de fazer as duas vacinas – contra a Covid-19 e a gripe -, de forma gratuita”, precisou o ministro da Saúde, sublinhando que “as pessoas podem estar tranquilas porque haverá vacinas para toda a gente”.

“Não vai haver vacinas para toda a gente no primeiro dias, é provável que nos primeiros dias haja algumas dificuldades uma vez que não recebemos logo as vacinas todas. Recordo que a autorização de produção da nova vacina foi dada no final de agosto”, referiu Pizarro. “Temos centenas de milhares de vacinas em Portugal e vamos ter todas as necessárias mas que vão chegando ao longo das próximas semanas.”

O aumento do número de casos positivos à Covid-19 em Portugal não deixa “satisfeito” o Governo. “Estamos a acompanhar a evolução mas não estamos satisfeitos por haver mais casos. Mas não estamos foram daquilo que é expectável. A principal medida para se proteger a si próprio,
à família, a comunidade e o SNS é não deixar de se vacinar.”

Durante a inauguração do centro de saúde de Anadia, na região de Aveiro, Manuel Pizarro sublinhou que “há muito trabalho para fazer mas vai melhorar paulatinamente” a falta de médicos especialistas de medicina geral e familiar. “Estamos a formar muitos, a maioria fica no SNS mas não compensa os clínicos que entram na reforma. Vejo com muita tristeza de que não sejamos capazes de que cada português tenha um médico de família.”