Portugueses abrem os cordões à bolsa mas pouco. Consumo com quebra de 47% em Maio

O total de gastos dos portugueses recuperou em Maio mas ainda regista uma quebra de 47% face ao período pré-confinamento, revelam dados da Unido, uma aplicação do banco WiZink, divulgados esta quinta-feira.

O total de gastos semanais caiu, em média, 52% durante as sete semanas em que esteve declarado o estado de emergência nacional. No entanto, Maio regista já uma tendência de recuperação, «ainda que ligeira», salvaguarda a Unido.

Os gastos totais – que incluem, além das compras com cartão, também os levantamentos em ATM, débitos directos em conta, pagamento de impostos, comissões e juros, e transferências associadas a pagamentos – subiram, em média, cinco pontos base face ao período de confinamento. Apesar desta tendência, o total de gastos permanece, em Maio, 47% abaixo da média semanal registada nos dois primeiros meses do ano».

Recuando à semana que precedeu a declaração do estado de emergência, a Unido sublinha que ficou marcada por um «forte aumento» da procura nos supermercados, farmácias e nos produtos e serviços de beleza.

Já no período de confinamento, destaca um «aumento expressivo» de quase 50% do consumo de jogos, consolas, electrodomésticos e computadores.

Por outro lado, a beleza, restauração e vestuário são agora os que mais recuperam. O consumo de combustíveis, que chegou a cair quase 80% na semana de 12 de Abril, situa-se em Maio perto dos 50% em relação aos valores registados no período pré-confinamento.

Recorde-se que Portugal regista, pelo menos, 1.455 mortes associadas à Covid-19 e 33.592 infectados, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde.

A 3 de Maio, Portugal entrou em situação de calamidade devido à pandemia, prolongada até 14 de Junho, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.

De acordo com dados recolhidos pela agência de notícias “France-Presse”, já morreram cerca de 385.869 pessoas e há mais de 6.522.050 infectados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em Dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan.

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