Portugal vai hoje ao mercado para arrecadar entre 1.000 e 1.250 milhões

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP volta hoje, quarta-feira, ao mercado para arrecadar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros, através da emissão de Obrigações do Tesouro (OT).

“O IGCP, E.P.E. vai realizar no dia 13 de janeiro pelas 10:30 horas dois leilões das OT com maturidade em 18 de outubro de 2030 e 12 de outubro de 2035, com um montante indicativo global entre EUR 1.000 milhões e EUR 1.250 milhões”, pode ler-se no comunicado divulgado na passada sexta-feira.

Esta é a primeira ida ao mercado de 2021, cujo anúncio aconteceu um dia depois de ter sido divulgado o programa de financiamento do Estado para o conjunto do ano.

Na quinta-feira passada, dia 7, o IGCP anunciou que planeia emitir 15 mil milhões de euros de dívida em Obrigações do Tesouro (OT) durante este ano.

Segundo um comunicado de imprensa da entidade presidida por Cristina Casalinho, o Programa de Financiamento da República Portuguesa contempla que “o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2021 deverá situar-se em cerca de 14 mil milhões de euros”.

“A estratégia de financiamento para 2021 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública nos mercados financeiros em EUR [euros] com realização regular de emissões de Obrigações do Tesouro (OT), para promover a liquidez e um funcionamento eficiente dos mercados primário e secundário”, pode ler-se na nota informativa.

De acordo com o IGCP, “um montante de EUR 15 mil milhões será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões, assegurando emissões mensais”, sendo que os leilões “terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP)”, realizados às segundas ou quartas quartas-feiras de cada mês.

“O montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão”, de acordo com o referido comunicado.

Relativamente a Bilhetes do Tesouro (BT), o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da sua emissão “tenha um impacto nulo no saldo”, acrescentando a entidade que “será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva, combinando prazos curtos com prazos longos”.

“O IGCP manterá a realização de leilões mensais de BT na terceira quarta-feira de cada mês e, se a procura de investidores o justificar, pode usar também a primeira quarta-feira”, refere a entidade liderada por Cristina Casalinho.

Também na quinta-feira passada o Conselho de Ministros aprovou uma resolução que autoriza o ICGP “a emitir dívida pública de acordo com os limites estabelecidos no Orçamento do Estado para 2021”, segundo o comunicado hoje divulgado no final da reunião.

De acordo com o OE2021, o Estado pode endividar-se este ano até aos 19,9 mil milhões de euros.

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