Portugal perdeu 300 mil alunos nos últimos 11 anos: aumento de estudantes estrangeiros atenua queda
Portugal continental perdeu mais de 300 mil alunos nos ensinos básico e secundário nos últimos 11 anos nas escolas públicas e privadas, segundo os dados do Perfil do Aluno 2021/2022 da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), publicados esta segunda-feira pelo jornal ‘Público’.
Em 2021/2022, estavam matriculados 1.260.045 alunos nos ensinos básico e secundário, menos 301.575 estudantes do que no ano letivo 2010/11, uma redução de 19%.
Apesar de queda global, 2021/2022 assinalou a primeira subida de alunos em relação ao ano letivo anterior em mais de uma década – há mais 8.156 alunos matriculados do que em 2020/2021. Um cenário devido ao efeito da imigração: em 2010/2011 contavam-se 80.407 alunos estrangeiros nas escolas portuguesas, já em 2021/2022 situavam-se perto dos 111 mil alunos (110.932 estudantes).
Os brasileiros ocupam a maior fatia de alunos estrangeiros nas escolas portuguesas, com quase metade do total (43%), um número que duplicou na última década, de 20.578 para 47.892 estudantes.
No setor privado, há um decréscimo no número de alunos – menos 43.592 estudantes do que há 11 anos, uma descida de 17%. A maior queda nos privados está no 3º ciclo (menos 31 mil alunos), seguido do 2º ciclo (menos 10 mil) e pelo 1º ciclo (menos três mil). No secundário, houve uma ligeira subida de pouco mais de 2 mil estudantes face a 2011/12,