Portugal marca presença pela primeira vez na VivaTech em Paris

Cerca de 10 ‘startups’ portuguesas vão marcar presença a partir de hoje na Vivatech, a maior feira tecnológica em França e uma das maiores do Mundo, numa aposta da AICEP em conjunto com a Startup Portugal.

“É a primeira vez que Portugal participa como país. É importante porque esta é a maior feira tecnológica que se realiza em França e na Europa, depois da Web Summit, é o certame mais importante”, disse Eduardo Henriques, diretor da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, em declarações à Agência Lusa.

Esta edição da VivaTech vai realizar-se entre hoje e 19 de junho num sistema misto, entre eventos presenciais, no Parque de Exposições da Porta de Versalhes, na capital francesa, e eventos virtuais, contando com oradores como Tim Cook, CEO da Apple, ou Mark Zuckerberg, fundador do Facebook. Estarão nesta feira mais de 13 mil ‘startups’ e mais de três mil investidores.

Neste certame, um dos primeiros do género a acontecer no pós-covid, Portugal vai ter uma presença de relevo com uma competição de ‘startups’, presença de ‘startups’ em ‘stands’ franceses e ainda a presença do secretário de Estado para a Transição Digital, André de Aragão Azevedo, em Paris.

De forma a promover as ‘startups’ nacionais, a AICEP lançou há três meses um concurso para 25 empresas portuguesas de forma a levar até Paris seis finalistas. Em formato virtual, estas seis empresas vão poder falar na sexta-feira sobre o seu produto num evento misto dedicado a Portugal.

“Vai ser um misto de virtual e presencial. As ‘startups’ vão estar em virtual e vai haver um palco onde Portugal vai estar em destaque e também lá estará o júri fisicamente”, detalhou Eduardo Henriques.

Os finalistas deste concurso são maioritariamente ligados à saúde, como a iLoF – Intelligent Lab on Fiber, Knok Healthcare e BestHealth4U, mas também do setor da manutenção e gestão de tráfego de pontes como MATEREO, da gestão de arte e organização de exposições como a Art Curator Grid e de inteligência artifical como a Didimo.

Vincent Viollain, que dirige as parcerias da VivaTech, Jonathan Sinivassane, diretor de desenvolvimento da Paris & Co, um dos maiores ‘hubs’ de ‘startups’ em Paris, e Antoine Blanchys, presidente da French Tech Lisboa, órgão do Estado francês que promove a tecnologia francesa no Mundo, são os júris desta competição.

Nos últimos meses, a AICEP em Paris tem vindo a contactar grandes empresas francesas de forma a avaliar as suas necessidades a nível de inovação, colocando-as em contacto com ‘startups’ portuguesas.

Destas interações, o grupo La Poste, que gere os correios em França, terá no seu ‘stand’ duas ‘startups’ portuguesas: a Virtualeap e FreddieMed.

Sem possibilidade de virem presencialmente até Paris devido à pandemia, Eduardo Henriques desdramatiza a situação e considera que as ‘startups’ se adaptam melhor que outras empresas à nova realidade.

“As ‘startups’ têm uma enorme vantagem: são digitais desde que nasceram e estão muito habituadas a fazer negócios e a trabalhar virtualmente. Para as ‘startups’ não é algo novo”, concluiu.

A VivaTech vai ter uma entrada limita a cerca de metade dos visitantes que tinha antigamente e para aceder ao Parque de Exposições da Porta de Versalhes é necessário apresentar um teste PCR ou antigénico negativo com menos de 48 horas, a vacinação completa ou um teste positivo que ateste a imunidade ao vírus nos últimos seis meses.

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