Portugal emite dívida de longo prazo na próxima semana para arrecadar até 1.000 milhões de euros
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai realizar na próxima semana dois leilões de dívida de longo prazo para arrecadar entre 750 e 1.000 milhões de euros, foi hoje divulgado.
Os leilões de Obrigações do Tesouro acontecem na próxima quarta-feira (22 de abril), tendo os títulos maturidades em 21 de julho de 2026 (cerca de seis anos) e 15 de fevereiro de 2030 (cerca de 10 anos).
Em 01 de abril, Portugal emitiu 5.000 milhões de euros de dívida com maturidade a sete anos a uma taxa de 0,726%, numa operação sindicada por seus bancos.
Já em 11 de março, tinha colocado 681 milhões de euros em Obrigações do Tesouro com maturidade de seis anos a 0,059% e 500 milhões de euros a uma taxa de juro de 0,426%.
O IGCP já admitiu um “aumento antecipado da necessidade de financiamento devido à resposta da República à covid-19”.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Portugal regista 657 mortos associados à covid-19 em 19.022 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 28 mortos (+4,5%) e mais 181 casos de infeção (+0,96%).
Das pessoas infetadas, 1.284 estão hospitalizadas, das quais 222 em unidades de cuidados intensivos, e 519 foram dadas como curadas.
O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.
O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.
Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.