Portugal é o 9.º país da UE que oferece piores condições aos seus reformados, alerta relatório
Portugal está em 9.º lugar na lista de países da União Europeia que oferecem as piores condições aos seus reformados, sendo que atualmente 22,4% da população portuguesa é composta por pessoas com 65 anos ou mais.
A conclusão é do mais recente relatório da ‘Natixis Investment Management’, intitulado “Danger Zone: Global retirement security challenges come home to roost in 2022”, e indica que projeções da OCDE apontam que a população com mais de 65 anos em Portugal será superior a 30% da população total em 2050.
De acordo com a análise, Portugal recebe uma classificação de 64% no ‘Índice Global de Aposentadoria’. Mais especificamente, o país recebe 74 pontos, de um total de 100, no índice de cuidados de saúde prestados aos reformados, 59 no campo do acesso a serviços financeiros de qualidade, 67 no índice de qualidade de vida, e 57 em matéria de bem-estar material.
No segmento das finanças, Portugal caiu uma posição entre 2021 e 2022, do 22.º lugar para o 23.º, quando em 2012 ocupava a 13.ª posição.
Os países da UE que têm piores classificações do que Portugal são o Chipre, a Eslováquia, a Itália, a Hungria, a Lituânia, a Letónia, a Espanha e a Grécia.
Contudo, a análise não se cinge ao bloco europeu, cobrindo um total de 44 países. Nesse cenário, Portugal fixa-se na 17.ª posição da lista dos países com priores condições para os reformados, sendo que no fim da lista surge a Índia, com uma avaliação global de 9%.
A consultora indica que a inflação e as taxas de juro são dois dos principais riscos para a segurança dos reformados.