Porque é que os Certificados de Aforro voltaram a ‘brilhar’ aos olhos dos portugueses? Novas regras dão empurrão
As famílias portuguesas aumentaram significativamente os investimentos em Certificados de Aforro (CA) em outubro, com o “stock” total a atingir 34.127,89 milhões de euros, o valor mais elevado desde dezembro de 1998.
O crescimento mensal de 240 milhões de euros foi o maior desde agosto de 2023 e superou o recorde anterior, registado em outubro de 2022, quando o montante chegou aos 34.071,5 milhões de euros.
A subida foi impulsionada pelas novas regras que entraram em vigor no início do mês, duplicando o limite máximo da série F para 100 mil euros por aforrador e elevando o teto conjunto das séries E e F de 250 mil para 350 mil euros. Contudo, o juro máximo permanece inalterado nos 2,5%, sem alterações no prémio de permanência, explica o ‘Negócios’.
Além das mudanças nas regras, a recuperação deve-se também à sazonalidade. Após os resgates habituais de setembro, associados a despesas pós-férias e regresso às aulas, outubro registou um novo fôlego, mais do que compensando a descida de 34 milhões no mês anterior. O saldo conjunto dos certificados de aforro e do Tesouro atingiu 44.138,63 milhões de euros, recuperando da tendência negativa de 13 meses consecutivos.