Por que é que as grandes empresas proíbem os funcionários de usar WhatsApp?

A pergunta “o secretário-geral da ONU usa o WhatsApp para comunicar com os líderes mundiais?” de um jornalista a um porta-voz da organização não estava fora de contexto – no dia anterior tinha sido divulgada a notícia de que Jezz Bezos tinha sido alvo de um acto de pirataria. Mas a resposta que recebeu foi surpreendente: “os altos funcionários da ONU foram instruídos para não usar o WhatsApp porque não é aprovado como seguro. Por isso, não acho que o secretário-geral use”.

E esta recomendação não é exclusiva das Nações Unidas; segundo o El País a polícia espanhola assim como um dos maiores bancos espanhóis (nome não revelado) também deram instruções aos seus altos funcionários para não utilizarem esta aplicação. De acordo com vários especialistas, o problema está no facto de esta app ser uma das mais utilizadas – com mais de 1,5 mil milhões utilizadores – e por isso uma das mais atacadas por hackers.

Outro problema é o WhatsApp pertencer ao Facebook, criticado pela recolha de informações para personalização de anúncios. Carl Woog, porta-voz do WhatsApp, defende a aplicação “toda a mensagem privada é protegida por encriptação para ajudar a impedir que o WhatsApp ou outras pessoas tenham acesso às mensagens”. No entanto, os especialistas afirmam que “ajudar a impedir” é diferente de impedir.

Um dos conselhos dos especialistas em cibersegurança é que os utilizadores separem o trabalho do lazer, utilizando aplicações menos populares para enviarem mensagens profissionais. Por outro lado, recomendam vivamente que os utilizadores utilizem números e terminais diferentes para comunicarem em trabalho e lazer, de forma a dificultar as tentativas de invasão.






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