Polónia prepara cidadãos para a guerra e constrói 314 campos de tiro: “Existem 40 milhões dispostos a pegar nas armas e defender a sua pátria”
A Polónia olha para a Ucrânia como uma peça essencial da contenção da Rússia na Eurásia e como um Estado-tampão cuja queda poderá levar Moscovo a virar as atenções para o território polaco.
A informação é avançada hoje pelo jornal ‘El Mundo’, que conta que o governo da Polónia, liderado por Mateusz Morawiecki, vai construir 314 novos campos de tiro em todo o país, em adição aos 2.500 já existentes. Além disso, o governo está também a modificar as leis que regulam os acessos a armas, de forma a facilitar e agilizar os processos de aquisição e licenciamento, acreditando o PM polaco que “o acesso às armas torna-nos mais fortes como país”.
“Se a Rússia pensar em atacar a Polónia, o Kremlin deve saber que há 40 milhões de polacos dispostos a pegar nas armas e defender a sua pátria”, afiança Morawiecki.
Escreve o mesmo periódico espanhol que o governo polaco é criticado por estar a alimentar o pânico, em vez de procurar tranquilizar a população, e por parecer estar a procurar empurrar a Polónia para uma guerra que poderá não pender a seu favor. A Polónia considera a guerra na Ucrânia é uma guerra também sua, que deve ser ganha, com a derrota da Rússia, para garantir a sua segurança e a sua existência. Dados oficiais mostram que o país já deu à Ucrânia apoios no valor de quase dois mil milhões de dólares.
Esta semana, o líder do governo polaco sublinhou que a guerra lançada pela Rússia sobre a Ucrânia “acabou com o tempo de paz”, de acordo com o ‘The First News’, e garantiu que o conflito veio demonstrar que a paz não se deve tomar como algo garantido.
O Primeiro-Ministro polaco disse que o objetivo é ter um campo de tiro em cada município. “Precisamos de estar suficientemente armados para dissuadir o inimigo, o nosso exército precisa de ser suficientemente forte”, sublinha Morawiecki.