Política no feminino: Conheça três mulheres que arriscam tudo para lutar pela democracia

Yulia Navalnaya, esposa do falecido opositor russo Alexei Navalny, recebeu elogios pela sua determinação em continuar o trabalho político de seu marido, que lutava pela democracia na Rússia. Após a morte de Navalny numa prisão na Sibéria, no mês passado, Navalnaya afirmou que não teve escolha senão seguir adiante com a missão do esposo.

As primeiras notícias sobre a morte de Navalny surgiram enquanto Navalnaya participava numa conferência de segurança em Munique. Inicialmente hesitante em acreditar nos relatos, ela subiu ao palco principal para fazer um emocionante discurso. “Pensei: Devo estar aqui diante de vocês ou devo voltar para meus filhos? E então pensei: O que Alexei teria feito no meu lugar? E tenho certeza de que ele estaria aqui neste palco”, declarou Navalnaya.

Desde então, Yulia Navalnaya comprometeu-se a dar continuidade à causa do seu marido. Numa mensagem de vídeo compartilhada apenas alguns dias depois, ela afirmou: “Continuarei o trabalho de Alexei Navalny. Continuarei a lutar pelo nosso país. E convido-vos a ficarem ao meu lado”.

Além de Navalnaya, outras figuras da política internacional enfrentam desafios semelhantes. Lisa Yasko, de 33 anos, membro do Parlamento ucraniano, relata uma experiência pessoal de luta contra as autoridades. O seu parceiro está preso na Geórgia por se opor ao governo.

O ativismo político de Yasko começou em 2014, durante a Revolta do Maidan, quando os ucranianos protestaram nas ruas em favor de laços mais estreitos com a União Europeia. Após conhecer o atual presidente Volodymyr Zelenskyy, Yasko decidiu ingressar na política e agora busca apoio internacional para a Ucrânia no âmbito da crescente pressão da invasão russa.

Outra figura proeminente na luta pela democracia é Sviatlana Tsikhanouskaya, líder da oposição bielorrussa. Após o marido ser detido por desafiar o presidente Aleksandr Lukashenko, Tsikhanouskaya assumiu um papel de destaque na defesa dos direitos humanos na Bielorrússia. Desde a sua candidatura presidencial em 2020, vive no exílio e continua a advogar por sanções mais rígidas contra o regime de Lukashenko.

Diante esses desafios, mulheres como Navalnaya, Yasko e Tsikhanouskaya destacam-se pela sua coragem e determinação em enfrentar regimes autoritários e lutar pela democracia nos seus países, e ganham significado especial no dia que assinala a luta dos direitos das mulheres.

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