Polícias e militares saem hoje à rua em protesto e prometem “mais músculo na luta”

Elementos das forças de segurança nacionais cumprem hoje parte do ultimato ao novo Governo, e manifestam-se frente à Assembleia da República, precisamente no dia que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril.

Para além desta ação, o movimento já tem outros protestos e boicotes marcados.

“Se até 10 de maio – dois meses após as eleições – não houver entendimento, os polícias deixarão de fazer gratificados nos dias 11 e 12, datas que coincidem com o Rali de Portugal”, referiram, numa carta que foi distribuída por muitos elementos das forças de segurança.

O movimento salienta que foram feitas “duas manifestações que ficaram na história, mas o que realmente mexeu e teve impacto foi a ausência de policiamento no futebol”, indicou ao Expresso um comissário da PSP, que defendeu “mais músculo na luta, incluindo ausências aos jogos de futebol, ao patrulhamento do Rally de Portugal e à Queima das Fitas no Porto”.

Na carta, são ainda apontadas as mesmas medidas polémicas que suscitaram processos disciplinares internos, como as baixas médicas: “O suplemento de missão dado à Polícia Judiciária tem de ser transversal a todas as forças de segurança”, relataram as forças de segurança, lembrando que em causa estão 1.026 euros, “20% do salário do diretor nacional da PSP e do comandante-geral da GNR”.

“O senhor primeiro-ministro, em campanha, afirmou que ia resolver rapidamente esta injustiça, mas após a reunião com a ministra da Administração Interna é fácil concluir que o Governo nos quer enganar e ludibriar”, acusaram os autores da carta.

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