Polícia acusa ativistas climáticos de sabotagem no terminal de Sines e alerta para radicalização do movimento estudantil

A polícia acusou, esta quinta-feira, os ativistas climáticas de terem tentado um ato de sabotagem de uma infraestrutura crítica, neste caso, o terminal de Sines, denunciou esta quinta-feira o jornal ‘Expresso’, que citou o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), que espera autorização do Ministério da Administração Interna para ser tornado público.

Em causa está uma ação de protesto, em maio último, com cerca de 200 pessoas, na qual um grupo de ativistas bloqueou duas entradas do terminal de gás natural da REN – foi também cortada a entrada por mar e fechada a válvula de emergência que bloqueia o fluxo de gás natural do gasoduto.

De acordo com o jornal ‘Público’, os ativistas ligaram os braços com tubos para impedir a entrada e saída de veículos nas entradas do terminal da Rede Elétrica Nacional (REN) – de acordo com o relatório, o RASI denunciou um “movimento ambientalista de matriz anticapitalista” em Portugal, referindo haver “maior radicalização, através do recurso reiterado a ações ilegais e a atos de vandalismo” pelos ativistas.

O movimento é liderado pela Climáximo e pela Greve Climática Estudantil. “Para além da anunciada mudança de paradigma na ação direta e da assunção dos riscos inerentes à mesma, os ativistas (proeminentemente na faixa etária entre os 19 e 35 anos) demonstraram um planeamento e concertação no agendamento dos eventos que foram tendo lugar no decurso de 2023”, destacou o relatório, salientando que “a causa ambientalista continuou a revelar-se fundamental para o recrutamento de jovens para diferentes setores da extrema-esquerda”.