Plano de paz chinês pode ser a “base da resolução pacífica” da guerra na Ucrânia, admite Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confessou que o plano de paz da China pode ser a “base da resolução pacífica” na guerra da Ucrânia, durante a conferência de imprensa conjunta como líder chinês Xi Jinping, esta terça-feira.

Contudo, salientou que tal apenas acontecerá “quando Kiev e o Ocidente” estiverem “prontos”, o que afirmou não ser o caso. “Infelizmente não estamos a sentir isso do Ocidente e da Ucrânia”, frisou.

“Muitas das propostas do plano de paz chinês podem ser aceites como base para resolver o conflito na Ucrânia, desde que o Ocidente e Kiev estejam preparados para isso”, destacou Putin ao acrescentar que a Rússia e China vão cooperar em diversas áreas, entre as quais finanças, transporte, logística e energia.

Quanto às importações de petróleo russo, o presidente russo assegurou que é a China quem as está a liderar, notando também que as importações de gás estão a crescer. Moscovo e Pequim vão a “continuar a desenvolver o uso pacífico da energia nuclear”, comentou Putin ao salientar que a “Rússia está a ajudar a construir centrais nucleares na China”. A seu ver, a Rússia será forçada a reagir se o Reino Unido fornecer munições com urânio empobrecido à Ucrânia, possibilidade que o Ministério da Defesa britânico admitiu anteriormente.

O presidente da Rússia ordenou a invasão à Ucrânia no dia 24 de fevereiro de 2022, para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, ofensiva militar que levou a União Europeia (UE) a responder com vários pacotes de sanções internacionais.

A invasão russa desencadeou uma guerra de larga escala que deixou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Não é conhecido o número de baixas civis e militares do conflito, contudo diversas fontes, entre as quais a Organização das Nações Unidas (ONU), admitiram que será elevado

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