Piratas informáticos russos do caso “solarwinds” voltam a instalar o caos nos EUA e mais 23 países

Os piratas informáticos russos suspeitos por estarem por detrás do ataque conhecido na imprensa internacional como “solarwinds”, no ano passado, que acabou por fazer estragos nos servidores de várias instituições americanas e estrangeiras, voltaram a invadir sistemas informáticos nos EUA, avisou hoje a Microsoft.

Segundo a empresa cofundada por Bill Gates, o grupo de hackers, conhecido como Nobelium, infiltrou-se numa conta de email do departamento de marketing da Agência Pública Americana para o Desenvolvimento, com o objetivo de atingir mais de 150 organizações em todo o mundo.

Até ao momento, e segundo as contas da Microsoft, pelo menos 24 países estão na lista de vítimas deste hacking. A gigante informática ainda não discriminou quais os Estados, para além dos EUA que foram alvos deste ataque.

A empresa já se comprometeu a notificar todos os clientes que foram afetados.

“Mais uma vez os e-mails de phishing – mensagens falsas projetadas para convencer as pessoas a entregarem informações confidenciais ou a efetuarem downloads de softwares nocivos – foram usados para tentar enganar os utilizadores de mais de três mil contas de e-mail”, garante a gigante informática.

Das organizações visadas, “pelo menos 25% estão envolvidas no no trabalho humanitário internacional e na proteção dos direitos humanos,” esclareceu Tom Burt, vice-diretor do departamento de segurança e confiança do cliente da Microsoft, citado pela ‘CNBC’.

“O objetivo destes ataques do Nobelium é claro: atingir agências governamentais envolvidas na política externa”, sublinha Burt.

O Kremlin reagiu hoje a esta denúncia, informando que “não tem nenhuma informação sobre o referido ataque informático” e exigiu à Microsoft que fundamente o porquê de estar a atribuir a culpa deste crime a cidadãos russos.

Esta notícia surge três semanas antes da reunião marcada entre Joe Biden se encontrar com Vladimir Putin em Genebra e um mês depois de a Casa Branca ter imputado oficialmente o ataque “solarwinds” ao SVR, os serviços de inteligência russos.

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