Pintura de Monet com a ponte de Waterloo vai a leilão por 28 milhões de euros
A pintura “Waterloo Bridge, effet de brume”, de Claude Monet (1840-1926), vai a leilão a 28 de junho, em Londres, pela Christie´s, com uma estimativa de 24 milhões de libras esterlinas (cerca de 28 milhões de euros).
A obra faz parte de um conjunto de 41 quadros que Monet pintou entre 1899 e 1904, sendo que 26 deles estão na posse de instituições públicas, referiu a leiloeira, em comunicado.
Entre elas estão o National Museum of Western Art, em Tóquio, no Japão, a Fundação Bührle, em Zurique, e o Kunstmuseum, em Berna, ambos na Suíça, o Art Institute de Chicago e a National Gallery of Art, em Washington, nos Estados Unidos.
Monet pintou as várias versões da ponte de Waterloo, sobre o Rio Tamisa, a partir da sua janela de um quarto onde se encontrava hospedado no Hotel Savoy, mas continuou a trabalhar nessas séries no seu ateliê.
Ao contrário das perspetivas modernas que tinha do seu quarto, e que aplicou nas pinturas da ponte de Charing Cross, e da grandiosidade dos edifícios do parlamento, as da ponte de Waterloo são mais meditativas em relação à cor, luz e atmosfera, captando também as mudanças do tempo, apontam os especialistas da Christie´s.
Depois de ter passado por vários proprietários, esta obra foi referenciada em leilão pela última vez em 1939, tendo ficado na mesma família durante mais de 70 anos.
O quadro de Monet, um dos mais prestigiados artistas impressionistas, revela também a posição que a capital britânica tinha na cultura global, na época, e o diálogo com Paris, através da ponte de Waterloo e os jogos de luz na atmosfera em seu redor, que o autor vislumbrava de manhã cedo.
A obra chega a leilão após um prolongado empréstimo ao Kunstmuseum de Basileia, na Suíça.