PIGS perdem o P. “Milagre económico” português deixa para trás antigos parceiros de crise

Portugal foi um dos países europeus que sentiu mais intensamente a crise financeira de 2007, no entanto, emerge agora como uma história de sucesso económico na Europa, deixando para trás os dias sombrios associados ao termo pejorativo ‘PIGS’.

Portugal, Itália, Grécia e Espanha (Spain) enfrentaram severos desafios durante a crise financeira e a subsequente crise da dívida soberana.

No entanto, uma das principais razões pelas quais Portugal já não pode ser agrupado aos  ‘PIGS’ é a sua notável trajetória de estabilidade financeira, analisa o ‘elEconomista. Ao contrário de seus antigos parceiros de crise, Portugal agora apresenta um excedente orçamental, uma dívida pública abaixo de 100% do PIB e uma classificação de grau de investimento ‘A’ por todas as agências de rating.

Além disso, a economia portuguesa demonstra um crescimento robusto e uma taxa de desemprego mais baixa em comparação com outros países do sul da Europa. Em 2023, o PIB cresceu 2,3%, enquanto a taxa de desemprego ficou em 6,6%.

Em pouco mais de três anos, Portugal reduziu a sua dívida pública para menos de 100% do PIB, uma queda significativa desde os dias em que estava próxima dos 140%. Essa conquista foi impulsionada não apenas por reformas estruturais e cortes, mas também por um crescimento económico sólido e uma contenção de despesas.

Para além disso, o Ministério das Finanças reviu em baixa as previsões do rácio da dívida pública do país para 95,1% do PIB este ano, um cenário favorável que foi reforçado pela agência de rating Fitch, que confirmou o grau ‘A’ da dívida portuguesa e sua perspetiva positiva.

Portugal também se destaca em relação à despesa pública. Desde 2014, a despesa pública em relação ao PIB tem diminuído consistentemente.

Assim, de acordo com a análise do jornal espanhol, Portugal não só superou os desafios económicos do passado, mas também se tornou uma referência de crescimento na Europa.

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