PIB do Reino Unido cresce 2,3% em abril face ao mês anterior
O Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido cresceu 2,3% em abril face ao mês anterior, mas está 3,7% abaixo do nível pré-pandémico, informou hoje o Office for National Statistics (ONS).
O setor dos serviços, considerado o principal pilar económico do país, cresceu 3,4%, enquanto o setor industrial avançou 0,3%, mas o da construção caiu 2%, acrescentou a fonte.
Em abril, todos os setores económicos se mantiveram abaixo dos níveis em que se encontravam antes do surto da pandemia no início de 2020, de acordo com a ONS.
O subdiretor de estatística da ONS Jonathan Athow disse hoje que “o forte crescimento das despesas de consumo, o aumento das compras de automóveis e autocaravanas, o início das aberturas de escolas e a reabertura da indústria hoteleira deram um impulso à economia em abril”.
O Governo britânico tinha imposto fortes restrições no início de 2021 para conter a pandemia.
As escolas reabriram em março, bem como, pouco depois, as lojas de bens não essenciais, enquanto a proibição de viagens de férias ao estrangeiro foi levantada em 17 de maio.
O Governo decidiu manter o programa de apoio à manutenção do emprego até setembro, ajudando assim no pagamento de até 80% dos salários dos trabalhadores atingidos pela pandemia.
O ministro das Finanças britânico, Rishi Sunak, afirmou hoje num comunicado que estes números são “um sinal promissor de que a economia está a começar a recuperar” e que o regime de apoio ao emprego está a ajudar.
“Mas sei que há pessoas que ainda precisam de apoio e é por isso que o regime de apoio permanece em vigor até setembro para proteger o maior número possível de postos de trabalho”, acrescentou.
O Banco de Inglaterra estimou recentemente que o PIB crescerá 7,25% em 2021, acima dos 5% anteriormente estimados, que será o maior avanço desde o início dos registos em 1949.
De acordo com os cálculos do banco emissor britânico, o PIB aumentará 5,75% em 2022 – de um valor anteriormente estimado em 7,25% – e 1,25% em 2023, em comparação com a contração de 9,9% registada em 2020, a maior em 300 anos, devido às restrições para travar a pandemia.