PIB deste ano em estagnação deverá recuar entre 4% a 8%, prevê ISEG

Nos dois primeiros meses deste ano, a economia portuguesa não terá crescido menos do que no trimestre anterior. Com a queda esperada em março, o primeiro trimestre deverá ter registado uma variação homóloga em torno de zero, segundo apurou a síntese mensal do ISEG, divulgada esta segunda-feira.

Em face da situação atual de condicionamento da atividade económica, na expectativa de que a fase mais restritiva não exceda os dois meses e de um posterior retomar gradual da atividade económica, a universidade assume que o PIB em 2020 deverá recuar de 4% a 8%.

Em geral, os indicadores de confiança relativos a março não refletem inteiramente o impacto da pandemia em curso sobre a atividade económica devido à rapidez com que a situação evoluiu.

Mas indicam que, na fase inicial da recessão em curso, o setor dos Serviços é o mais atingido e o setor da Construção o mais resistente.

Em termos europeus, a síntese mostra que os indicadores de Sentimento Económico do conjunto de países da Área Euro (AE19) e da Itália (devido ao facto de ter sido o país europeu mais atingido pelo desenvolvimento da pandemia em março) – os dados de março já dão conta de quedas bruscas nos respetivos indicadores de clima económico geral, mas a queda na AE19 ainda se mostra comparativamente moderada por envolver países com estádios de desenvolvimento da pandemia e de ação mistos (no momento das respostas).

Os valores em março destes indicadores ainda ficaram afastados dos mínimos deste século registados em crises anteriores. Sendo a crise que agora se prefigura inédita, ao ser induzida pela brusca paragem de vastos setores da atividade económica como meio de combater a pandemia, e estando ainda numa fase inicial de desenvolvimento,são esperadas novas descidas substanciais em abril.

 

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